Há dias em que nada me afasta deste silêncio.
Há dias em que a vida me afasta de mim mesmo, e me empurra para ti.
Tu que me olhas desse lado do espelho.
Tu que me ardes e me mordes com esse olhar.
Há dias que te quero deste lado.
Há dias em que nada te faz mais inteira que as minhas mãos.
E tu dizes que me gostas, assim toda dentro de mim.
E tu dizes que mergulhas nos meus olhos, e que abres aquela porta que ninguém sabe.
E esses dias são eternos, não se vão.
Pararam no tempo e ali ficaram.
Pararam e prenderam-nos lá dentro.
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