8.5.14

Never ment to cause you trouble



Deculpa se te magoei. Embarquei nesta loucura agarrado a uma esperança parva de que seria a minha salvação. Não pensei em mais ninguém. Convenci-me que estaria a fazer o melhor para todos. Mas não era. Para ti nunca foi o melhor, nem para mais ninguém, mesmo para mim. Não foi o melhor.

Apaixonei-me. Tinha medo que isso acontecesse, sabia que corria o risco. Mas embarquei nessa loucura na mesma, espirito de marinheiro, está-me nas veias ir e entrar na tempestade, sabes.

Assustaste-me tanto. Mostraste-me uma realidade que podia ser minha. Sedotora. Podia ser minha. E eu queria. E não queria. Tive medo. Ainda tenho.

Que vamos fazer da nossa vida.

Tu imaginavas-te a vivermos juntos. Na mesma casa. Tipo, casados.

Já não sei se apenas sonhei com aqueles momentos, foi tão rápido e tão escasso. Ainda te sinto sede.

Foi, já não volta. Pois não. Não volta. Não vai voltar, foi-se, e deixou-te para trás.

Não fugimos para lado nenhum. Não fizemos nada do que sonhamos juntos. Nada. Ficou nada. Como se aquele dia nunca tivesse existido. Como se o toque nunca tivesse acontecido, como se o teu cheiro nunca  me tivesse envolvido. 

Já não partilhamos nada, já não partilhamos ideias, conversas, nem um simples olá, nada. Ficou nada, saiu tudo, ficou vazio.

Ardeu tudo, eu ardi até ficarem apenas as cinzas do que eu era.

Ardeste. E ficaste cinzas do que estavas em mim. 

A pior parte, foi deixar-te partir. Foi a pior parte. Ver-te partir.

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