Hoje não me apetece escrever. Apetece-me ver-te. As palavras continuam cá, para ti, não querem escrever-se. Querem cantar-se. Querem sair directamente da minha boca, para o teu ouvido. Querem meus lábios conhecer os teus, para que deles possam beber todas as letras que se guardam para ti.
Hoje não quero dizer com os dedos. Hoje quero falar com a língua. Na tua. Sem que para isso precise de as dizer. Palavras.
Palavras. Não as precisamos. Elas já são nossas. Na fusão das nossas energias elas já nos pertencem.
No reconhecimento de séculos vividos, entre tantas e tantas melodias. A nossa. Inconfundível. Apenas ela exprime a força que nos transforma no que somos hoje.
Assim. Hoje. Somos assim. E não importa o amanhã. Porque saberei que o seremos. Como sempre fomos.
Basta apenas um olhar, um sorriso e um abraço. E será toda a verdade docemente relembrada, sempre nossa.
Para sempre nossa.
Como sempre foi.
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