16.9.14

Realidade - Cartas de Amor #19

De dentro desta serenidade, reconheço-te. Amo-te profundamente, e aparentemente, não te tenho.

Amar é deixar partir, sem ir atrás. O amor que nos une é mais que uma mera distância, essa, a mera distância, é apenas um pequeno pormenor. Não será nem a distância, nem o tempo que nos falhará.

E sim, não tenho medo de dizer que te amo, e vou dizê-lo as vezes que o sentir a estalar-me de dentro do peito, as vezes que se expandir e me levar até ti. Mesmo que não o ouças. Mesmo que não o saibas. Ou penses que não o sabes. Porque tu sabes. Sabes bem a força do que nos une. Melhor do que eu até. Muito mais lucidamente que eu, sim.

Por isso não me dói, não te ter. Não és meu. Não sou tua.

Sabemo-nos. Pertencemo-nos.

Não será diferente do que tiver que ser.

A vida encarregar-se-á de o fazer acontecer.


Madalena

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