6.10.06

Lá, eu sou

Sou a dor da solidão abafada no sangue da amnésia saudosista... Sou aquela que procura a verdade escondida no nada da impaciência perfeita de controvérsia Sou tudo e nada, dissolvida em trapos no tempo Sou um farrapo desgraçado, condenado a relembrar as dores de outras vidas Sou a lembrança da verdade, a luz da realidade que me afoga nesta dimensão Sou de todas as almas a que tenta fugir de tudo, aquela que presa se sente livre, e que livre é prisioneira da sua própria vontade... Sou a tristeza, sou a alegria, misturadas num cocktail alucinante de sensações e sentimentos... Sou as minhas lembranças, arrastadas pela minha alma, pelo meu espírito de luz que ilumina cada passo que dou, Cada pedaço de caminho que precorro, é apenas para lá chegar Lá, ao meu lugar de sempre, Ao meu Lugar da Paz
Photo by Francisco Santos

1 comment:

  1. E assim somos, Zana, como que perenes desencontros de dimensões.
    Eu também creio que há um lugar, quem sabe nunca alhures, onde de fato sejamos resgatados de todos os pequenos naufrágios, e onde resida a Paz.
    Sou dele um buscador.

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