29.12.14

Human Phoenix




Pela combustão do silêncio, poderão tentar apagar-me. Pela repressão e pelo medo, poderão tentar enterrar-me.

Mesmo que me apaguem, mesmo que me submerjam, renascerei das cinzas, regressarei à tona, mesmo que já cá não estejam.

Poderão tentar matar-me, todos os dias. Que pela morte do corpo, se erguerá mais forte o espírito.

Por cada tropeço, por cada solavanco, se levantará mais forte, alguém, uma página em branco. 

Poderão pensar, que não mereço, poderão pensar, que já não resisto. Mas renascerei no tempo, nas vezes que o tempo persiste. Todas as vezes que me disseram, Tu não existes.

Por cada segundo de morte, ressuscitarei. Por cada particula apagada, eu voltarei.

Poderão empurrar-me no abismo, mas eu, não cairei. Vou abrir as minhas asas, ainda com mais força. Voarei.

Poderá cair o fogo, vindo do céu. Poder-se-ão erguer-se as trevas, mas tudo será meu.

De princesa a rainha, todas as trevas controlarei. Não haverá o peso do medo, porque a luz transportarei.

Já me dizia o povo sábio, O que não me mata, torna-me mais forte. 
E mesmo que morra, erguer-me-ei dos braços da morte.
E mesmo que morra, erguer-me-ei dos braços da morte.

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