Pés descalços,
cabeça erguida
nas ondas, perdida
Cabeça erguida,
pés descalços
sempre a mesma ida
Eras tu com esses olhos
lá ao fundo, no horizonte
Era essa tua força
essa tua fonte
Entre barcas e barquelas,
montanhas de água trespassei,
para nagevar gentilmente
até a ti chegar,
na chávena desta alma,
nos olhos,
no teu olhar
Nesse teu olhar que era só teu,
que me esperava e que me arrumava,
onde só tu me sabias,
onde eu e tu só podiamos ser
Pés rebeldes,
cabeça erguida,
na borda das nossas almas,
onde só tu e eu podiamos ser,
nesse teu olhar que era só teu
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