Lá longe na margem do horizonte lembro-te, recordo-te.
Lá longe no horizonte, naquela margem de lembranças pequenas, sem palavras, revejo-te.
Adiante no tempo, não constam sonoridades estranhas, apenas a melodia do teu sorriso.
O compasso do teu abraço apertado, o último, aquele em que tudo ficaria bem, em que tudo estaria como sempre foi.
E não te foste se não que para o meu lado, desse lado da varanda, de onde este horizonte não cabe na memória da carne.
Para onde te foste, levaste-me.
Sei a tua presença, reconheço a tua imagem em qualquer recanto da memória.
Sei de cor cada nota tua. Só não te sei a voz. Essa tua voz que se transformou em melodia de cordas.
Só tu e a tua presença.
Sei que estás. Como prometeste.
No comments:
Post a Comment