17.4.05

Olhos

Sentimento cortez Que me trespaça a alma Quem cuida e acalma Tem um horizonte maior Certeza que se apraia E se instala Incerteza que sufoca Que não quer sair Olhar envolvente Que prende sempre Que doçura poderia ser Essa que tanto ardor provoca... Olhos que me prendem Com ternura bela Olhos que me têm Como preza numa tela!
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2 comments:

  1. António Barrote6.6.05

    Bonito o poema. Por sinal, todo o blog também.
    Não vim aqui parar por acaso... uma pessoa muito especial para mim tem o mesmo nome que tu: Zana. Fui eu que lhe dei esse nome. Não sabia que havia mais Zanas. Ainda por cima tão próxima. Descobri que também estás em Electro!
    Já agora:
    www.ouhe.pt.to
    http://ouhe.blogspot.com
    Continua a preencher o teu blog desta forma, está muito giro, gosto da tua poesia.

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  2. efvilha25.9.06

    Olhos!
    São eles os nossos horrores,
    e terrores-faróis que,
    como mil sóis,
    nos avilta e multiplica.
    São eles, os olhos
    dos corpos sem órgãos
    que na ambição insana,
    a todo instante nos engana.
    Eles, os olhos,
    que trespassa as almas,
    mesmo negros holofotes mortos
    que ao naufrágio leva os nossos amores.

    E a nós,
    cabe-nos seguir o caminho
    indicado pelos olhos.

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