Disseste que vinhas, disseste que vinhas e eu esperei. Esperei até deixar de sentir o meu corpo, até sentir apenas esta tua espera, desesperada espera, angustiada espera, que me dói como que se morresses a cada segundo que te continuo a esperar.
Na porta não soam as tuas mãos lá a bater, na campaínha não toca a tua chegada. E eu espero, continuo à tua espera até não ser nada, até me transformar em pó.
Não sou nada, nem ninguém me falará, até que tu chegues e termines com esta tortura de te esperar.
Cada segundo que toca, é um segundo mais apertado para o meu peito, é menos um segundo de respiração profunda, que sem ela, a respiração, não sou nada.
Ou seja, não sou nada sem te poder respirar.
E esta espera mata-me, e eu ficarei à tua espera até que o tempo acabe, e se canse de me esperar que me canse desta tua não vinda.
Morrerei quando esse tempo acabar, e não houver mais horas, não houver mais nada que me sustente, e que me diga que afinal não vais voltar.
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