Ele abraçou-a, ela gelou, não conseguia controlar a respiração, quase entrou em pânico, as pernas tremiam, o coração explodiu de palpitação, mas deixou-se ficar naquele abraço, sabia tão bem estar nos braços dele.
Pela primeira vez sentiu-se nele, toda ela nele, no seu quente, encaixada no seu abraço.
Ele olhou-a nos olhos, com os dedos puxou uma madeixa de cabelo para o lado, aproximaram-se os rostos... sentiram a respiração um do outro.
Abraçaram-se ainda com mais força, como se aquele abraço fosse o beijo mais sentido que alguma vez poderiam dar.
Chovia, e ficaram debaixo do guarda chuva por momentos, como se o tudo tivesse parado até ao próximo movimento.
Em redor as pessoas continuavam a passar apressadas, mas o tempo tinha deixado de existir, e por breves instantes a eternidade permaneceu ali.
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