Os teus olhos.
E naquele instante não vi mais nada, não ouvi mais nada, não respirei mais nada.
Quero vê-los outra vez, poder deixar que mergulhes com eles, neles. Deixar que me faças sentir mais completo. Não fazem de mim mais homem não, mas sabem bem onde mergulhar, em que jardim entrar, que espaço preencher.
Tu...
Sabes, nunca fui muito bom com as palavras, mas gosto tanto de te escrever, de te sentir na ponta dos dedos, e de escrever o teu corpo neles, de te estudar até ficar saturado de ti. Mas sabes, não fico. Não me saturas, nem que ficasses nas minhas mãos por toda a eternidade.
Ainda te sinto nelas, todas as tuas curvas, a suavidade da tua pele, o quente do teu corpo, os teus lábios molhados sobre os meus dedos...
Ainta te sinto nelas, e no resto de todo o meu corpo, como se de uma segunda pele te tratasses, como se de uma primeira pele para ser mais realista. Porque não me sais. Entranhaste-te em todos os meus poros.
Acordo todos os dias com o teu cheiro, sim, ainda sinto o teu cheiro. Ele fica sabes, o teu cheiro fica. Entranhou-se tanto como tu, toda tu.
Vou sentir-te sempre, como agora. Vou-te sentir nas minhas mãos até que elas te toquem novamente, e vou sentir-te outra vez, até deixarmos de ser gente.
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